Elizabeth II se torna rainha do Reino Unido após a morte de George VI
6 de Fevereiro de 1952
Em um dia como este, no ano de 1952, o rei George VI da Grã-Bretanha morreu por conta de uma longa doença, enquanto dormia na propriedade real de Sandringham. A Princesa Elizabeth, a mais velha das duas filhas do rei e a próxima na linha de sucessão, estava no Quênia quando seu pai faleceu. Mais de um ano depois, ela seria coroada rainha, adotando o nome de Elizabeth II, no dia 2 de junho de 1953, aos 27 anos.
O rei George VI, o segundo filho do rei George V, ascendeu ao trono em 1936 depois que seu irmão mais velho, o rei Edward VIII, abdicou voluntariamente para se casar com a divorciada Wallis Simpson, nascida nos Estados Unidos. Durante a Segunda Guerra Mundial, George levantou o ânimo do povo britânico visitando zonas de guerra, fazendo uma série de transmissões de rádio (para as quais ele superou uma gagueira) e permanecendo com sua esposa no Palácio de Buckingham, atingido por bombas. A saúde do rei piorou em 1949, mas ele continuou desempenhando funções de Estado até sua morte em 1952.
A Rainha Elizabeth II, nascida em 21 de abril de 1926 e conhecida por sua família como Lilibet, foi preparada desde menina para suceder a seu pai. Ela se casou com um primo distante, Philip Mountbatten, em 20 de novembro de 1947, na Abadia de Westminster, em Londres. O primeiro dos quatro filhos de Elizabeth, o príncipe Charles, nasceu em 1948.
Desde o início de seu reinado, Elizabeth entendeu a importância das relações públicas e permitiu que sua coroação fosse televisionada, apesar das objeções do primeiro-ministro Winston Churchill e de outros que achavam que isso iria vulgarizar a cerimônia. Elizabeth, a 40º monarca britânica desde Guilherme, o Conquistador, valorizou seus deveres reais e se tornou uma figura popular em todo o mundo. Em 2003, ela comemorou 50 anos no trono. Apenas outros cinco monarcas britânicos reinaram por tanto tempo.
Entretanto, o reinado de Elizabeth II não esteve livre de controvérsias. Ela foi considerada fria e distante durante o divórcio de seu filho, o príncipe Charles e a princesa Diana em 1996, e novamente após a morte de Diana em um acidente de carro, em 1997. Além disso, o papel da monarquia nos tempos modernos, que é amplamente cerimonial, foi se tornando cada vez mais questionado, enfrentando a crítica de muitos contribuintes britânicos, fartos de terem que sustentar os gastos da família real.
Mesmo assim, os membros da família real ainda exercem um importante papel internacional como embaixadores da cultura britânica. Enquanto isso, a rainha continua a ser uma das mulheres mais ricas do mundo, sendo dona de extensas propriedades imobiliárias, coleções de arte e joias.
Imagem: Library and Archives Canada, via Wikimedia Commons, via Wikimedia Commons