Morre o escultor barroco Aleijadinho
18 de Novembro de 1814
No dia 18 de novembro de 1814, o Brasil perdia Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, considerado um dos maiores artistas barrocos do Brasil. Nascido no dia 29 de agosto de 1730 em Vila Rica (hoje Ouro Preto), suas obras encantaram a sociedade no século XVIII. No seu trabalho, ele usava madeira e pedra-sabão, além de misturar diversos estilos barrocos. Sua vida é cercada por controvérsias, mas, acredita-se que aos 40 anos ficou doente. Suspeita-se que ele tenha contraído lepra e, por isso, recebeu o famoso apelido. Por conta da doença, foi perdendo o movimento das mãos e dos pés. Para trabalhar, pedia ao ajudante para atar suas ferramentas ao braço. A limitação física, contudo, não o impediu de seguir trabalhando em igrejas e altares de Minas Gerais. Toda sua obra ? como escultor, entralhador e arquiteto ? foi realizada em Minas Gerais, nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas. Os principais locais que receberam seus trabalhos foram a Igreja de São Francisco de Assis, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e o Palácio dos Governadores. Entre suas obras mais conhecidas estão as esculturas em madeira (pintadas por Ataíde), que representam o calvário de Cristo. Elas se encontram dispostas em seis capelas ao longo do Morro do Maranhão, diante da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Na frente desta igreja estão as famosas estátuas dos Doze Profetas, esculpidos em pedra-sabão, em tamanho natural. Doente, Aleijadinho morreu abandonado no dia 18 de novembro de 1814, em Ouro Preto. A importância do seu trabalho, contudo, só foi reconhecida após a sua morte.
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