A polêmica morte do rapper Tupac Shakur envolve briga com rival e um crime nunca resolvido

O astro do hip hop Tupac Shakur morreu em 13 de setembro de 1996, aos 25 anos, após ter sido baleado em  Las Vegas. Mais de duas décadas após sua morte, o rapper continua sendo um dos rostos e vozes mais reconhecidos da música.

A história da morte de Shakur começa com um atentado fracassado contra sua vida dois anos antes. Em 30 de novembro de 1994, ele foi baleado e gravemente ferido durante um assalto cometido por dois homens armados no saguão de um prédio de escritórios no centro de Manhattan que abrigava um estúdio de gravação onde ele trabalhava em seu terceiro álbum, Me Against the World (1995). Shakur acusou o produtor Sean “Puff Daddy” Combs e o rapper rival Christopher Wallace – também conhecido como “Notorious B.I.G.” pelo crime. As acusações de Shakur e sua ida para a gravadora Death Row Records, com sede em Los Angeles, desencadearam a chamada disputa “Costa Leste x Costa Oeste” que marcou a cena do hip hop em meados da década de 1990.

Em 7 de setembro de 1996, enquanto estavam em Las Vegas para assistir a luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, Shakur e outros de sua comitiva foram filmados no saguão do hotel MGM Grand, brigando violentamente com um membro da gangue Crips, com sede em Los Angeles. Horas depois, Shakur estava no banco do passageiro de um carro dirigido por Marian “Suge” Knight, chefe da Death Row Records, quando um Cadillac branco parou ao lado deles em um semáforo na Flamingo Road e abriu fogo.

Pelo menos 12 tiros foram disparados, quatro dos quais atingiram Shakur e um dos quais pegou de raspão na cabeça de Suge Knight. Uma cirurgia de emergência no University Medical Center salvou a vida de Shakur naquela noite e, nos dias seguintes, os médicos anunciaram que suas chances de recuperação haviam melhorado. Em 13 de setembro de 1996, no entanto, Tupac Shakur não resistiu aos ferimentos e morreu.

Um fluxo constante de lançamentos de álbuns póstumos manteve seu nome nas paradas e obras como o filme de 2003 "Tupac: Resurrection" mantiveram sua imagem e música atuais entre os fãs que eram jovens demais para vê-lo e ouvi-lo tocar enquanto ainda estava vivo. Shakur só cresceu em popularidade a cada ano que passou desde seu assassinato.

Seis meses depois, o rapper rival de Shakur, Notorious B.I.G, foi assassinado em circunstâncias semelhantes em Los Angeles. Ambos os crimes nunca foram solucionados