Assinado o Tratado do Bardo
12 de Maio de 1881
A fins do século XVII e princípios do XVIII, um grande número de estados mediterrâneos pagava tributos de forma regular ao governo da Tunísia (costa mediterrânea africana) para proteger de possíveis ataques as suas frotas. Como resultado da perda dos ingressos procedentes dos atos de pirataria, o governo se viu envolvido em enormes dívidas, as quais contribuíram para as incontroladas extravagâncias pessoais dos beys (governantes dentro do território do antigo Império Otomano) e os gastos para sufocar as frequentes revoltas internas. Os principais credores da Tunísia foram a França e a Grã-Bretanha que tinham ambições imperialistas no norte da África. Em 1830, a França conquistou e anexou a Argélia. No Congresso de Berlim de 1878, a França permitiu à Grã-Bretanha ocupar a ilha mediterrânea de Chipre em troca de ver reconhecidos seus interesses na Tunísia. Em 1881, o exército francês ocupou o país com o fim de subjugar as tribos que dificultavam a presença francesa na Argélia. Em 12 de maio de 1881, o bey regente assinou o Tratado de Kasser Said (conhecido como o Tratado de Bardo) pelo qual a Tunísia passou a estar sob o protetorado francês.
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