Morre Mr. Catra, ícone do funk brasileiro

Mr. Catra, um dos artistas mais emblemáticos do funk carioca, morreu em 9 de setembro de 2018, devido a um câncer. Conhecido por sua voz grave e presença de palco marcante, o cantor era também famoso por suas letras que retratavam a realidade das favelas cariocas, abordando temas como violência, sexo e festas, sempre com um toque de humor. Ele era uma figura controversa, mas ao mesmo tempo muito querida, conquistando tanto as classes populares quanto os mais abastados, rompendo barreiras sociais com sua música.

Nascido em 5 de novembro de 1968, no Rio de Janeiro, Mr. Catra (cujo nome verdadeiro era Wagner Domingues Costa) cresceu em uma casa de família de classe média situada em rua que dá acesso ao Morro do Catrambi e teve uma educação sólida, chegando a cursar Direito na Universidade Gama Filho. No entanto, sua paixão pela música falou mais alto, e ele acabou dedicando sua vida à arte.

Mr. Catra começou sua trajetória musical nos anos 80, inicialmente se aventurando pelo rock em uma banda chamada O Beco. No entanto, foi com a explosão do funk carioca na década de 90 que ele encontrou seu verdadeiro nicho. Seu primeiro grande sucesso foi "Vida na Cadeia", e logo ele se tornou uma figura central no movimento do funk.

Ao longo dos anos, Mr. Catra se tornou um ícone da cultura funk, colaborando com diversos artistas e explorando outros gêneros musicais, como o samba e o pagode. Ele lançou inúmeros sucessos, como "Adultério" e "Uh Papai Chegou". Sua popularidade transcendeu o funk, e ele se tornou uma figura conhecida em todo o Brasil, conhecido por seu carisma e autenticidade.

Mr. Catra também é lembrado por sua vida pessoal peculiar. Ele era polígamo e tinha 32 filhos de diferentes relacionamentos. Sempre afirmou que a família era uma das coisas mais importantes em sua vida, e muitas vezes falava sobre isso em entrevistas e músicas. Sua figura de "pai de todos" se tornou parte de sua persona pública, contribuindo para o seu mito.

Mr. Catra foi diagnosticado com câncer no estômago em 2017. Ele lutou contra a doença, mas acabou morrendo no ano seguinte, aos 49 anos.