Apresentador, cantor, compositor e ator Rolando Boldrin morre aos 86 anos
9 de Novembro de 2022
Rolando Boldrin, cantor, compositor e ator, morreu aos 86 anos em 9 de novembro de 2022, em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada. O artista se consagrou ao apresentar programas dedicados à música regional brasileira, como Som Brasil (TV Globo) e Sr. Brasil (TV Cultura).
Nascido em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, Rolando Boldrin começou a tocar viola ainda na infância. Aos doze anos, formou com o seu irmão a dupla Boy e Formiga, que fez sucesso na rádio local. Aos dezesseis anos, ele partiu para a capital do Estado, de carona em um caminhão.
Na cidade de São Paulo, antes de emplacar na carreira de cantor, foi sapateiro, frentista, carregador, garçom e ajudante de farmacêutico. Aos dezoito anos, serviu o Exército e, nos anos seguintes, dedicou-se à atividade musical. Seguindo a carreira de ator, ele começou a trabalhar na extinta TV Tupi em 1958, atuando nas produções de teleteatro da emissora.
Em 1960, Boldrin estreou profissionalmente na música ao participar do disco de sua futura esposa, Lurdinha Pereira, que se tornou sua produtora. Ele lançou seu primeiro disco solo, O Cantadô, em 1974.
Como apresentador de televisão, na década de 80, esteve à frente dos programas Som Brasil, (TV Globo), Empório Brasileiro (TV Bandeirantes) e Empório Brasil (SBT). Essas atrações se destacavam por valorizar e divulgar as mais diversas formas de música regional brasileira. Em seus programas, Boldrin contava "causos", cantava, dançava e exibia peças teatrais e pequenos documentários. Mas o destaque eram as atrações musicais, cujo repertório incluía músicas de cantores e compositores que tinham como fonte a cultura popular brasileira. Nos últimos 17 anos, ele apresentava o programa Sr. Brasil, exibido pela TV Cultura.
Como ator de televisão, entre as décadas de 1960 e 1980, Boldrin atuou em cerca de 30 novelas das TVs Record, Tupi e Bandeirantes. No cinema, ao atuar como Pedro Melo em O Tronco (1999), filme baseado no romance homônimo do escritor goiano Bernardo Élis, recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília.