Morre o Padre Quevedo, conhecido pelo bordão "isso non ecziste"
9 de Janeiro de 2019
Óscar González-Quevedo Bruzón, conhecido como Padre Quevedo, morreu em 9 de janeiro de 2019, em Belo Horizonte, por complicações cardíacas. Ele estava com 88 anos. O religioso era considerado um dos maiores especialistas em parapsicologia do mundo. Ele ficou famoso por desmistificar na TV casos supostamente sobrenaturais. No início dos anos 2000, seu bordão "isso non ecziste" se tornou popular no Brasil.
Nascido em Madri, na Espanha, o padre jesuíta se radicou no Brasil no início dos anos 1960. Na década de 1970, a Rede Globo trouxe ao Brasil o "paranormal" Uri Geller, que afirmava possuir poderes sensoriais. Após um encontro de cinco horas no ar com o Padre Quevedo, este último demonstrou que os feitos de Geller, como entortar colheres, garfos, facas, chaves e quebrar relógios não passavam de truques de ilusionismo.
Na década de 1980, outro "paranormal" refutado pelo o padre parapsicólogo foi Thomas Green Morton que afirmava entortar talheres, exalar perfume e fazer com que luzes emanassem de seu corpo. O Padre Quevedo demonstrou que tudo não passava de um truque.
No ano 2000, estrelou o quadro "O Caçador de Enigmas" no programa Fantástico, da Rede Globo. Em um dos episódios que abordava telecinese, ele comprovou que os objetos que eram arremessados contra as paredes ou contra pessoas em uma casa supostamente mal assombrada não tinham nada de sobrenatural. Os eventos eram fabricados por uma das filhas do casal que residia lá, conforme registrado pelas câmeras de filmagens instaladas no local.
No ano de 2012, o Padre Quevedo resolveu atender ao pedido da Companhia de Jesus e encerrou suas atividades devido a sua idade avançada. A partir de então passou a morar em Belo Horizonte, na residência jesuíta Irmão Brandão, onde ficava recluso e não dava entrevistas.
Imagem: Tonyaxl, via Wikimedia Commons