Morre Roberto Dinamite, maior ídolo da história do Vasco da Gama
8 de Janeiro de 2023
O ex-jogador de futebol Roberto Dinamite morreu em 8 de janeiro de 2023, aos 68 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava em tratamento contra um câncer no intestino. O atleta foi o maior ídolo da história do Vasco da Gama.
Carlos Roberto de Oliveira nasceu em 13 de abril de 1954 em Duque de Caxias (RJ). Ainda na infância, ele começou a mostrar intimidade com a bola. Aos 12 anos, Roberto já era titular do principal time do bairro, o Esporte Clube São Bento, onde se destacava como artilheiro.
No ano de 1969, Roberto foi convidado a treinar nas categorias de base do Vasco após ter sido descoberto por um olheiro. Um mês depois, já estava jogando na equipe juvenil do time. Seu talento despertou a atenção do técnico da equipe principal, Mário Travaglini, que o relacionou para a disputa do Brasileirão de 1971. Aos dezessete anos, ele fez sua primeira partida profissional contra o Bahia.
O apelido que marcou a carreira foi dado em 1971, após marcar o primeiro gol pelo Vasco em uma vitória por 2 a 0 sobre o Internacional. A manchete do Jornal dos Sports do dia seguinte cravou o nome com o qual ele ficaria eternizado: “Garoto-dinamite explodiu”. A partir de então, começou sua longa história de amor com a torcida.
Roberto Dinamite atuou pelo time profissional do Vasco de 1971 a 1980, quando se transferiu para o Barcelona. Voltou ao clube carioca três meses depois, onde ficou até 1989, antes de ser negociado com a Portuguesa. Seis meses depois, o atleta estava novamente no Vasco, para encerrar sua brilhante carreira, em 1993, aos 39 anos de idade.
Ao todo, Roberto marcou 708 gols pelo Vasco. Com o clube, ele conquistou um Campeonato Brasileiro (1974) e cinco Campeonatos Cariocas (1977, 1982, 1987, 1988 e 1992). O atleta também defendeu a Seleção Brasileira, sendo convocado para as Copas do Mundo de 1978 e 1982.
Em 1992, Roberto entrou na política, elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo PSDB. Em 1994 elegeu-se deputado estadual, se reelegendo em 1998, 2002, 2006 e 2010. Na eleição de 2002 já pertencia ao PMDB, onde permaneceu até o fim de seu mandato, não se reelegendo para o período 2015/2019.
O ex-jogador foi eleito presidente do Vasco em 2008. No ano seguinte, a equipe venceu o campeonato da Série B do Brasileirão, e em 2011 conquistou o título inédito da Copa do Brasil. Em 2013, o Vasco caiu novamente para a Segunda Divisão, e Roberto encerrou seu segundo mandato como dirigente no ano seguinte.