Lançado o álbum Da Lata, de Fernanda Abreu
5 de Julho de 1996
No dia 5 de julho de 1996, a cantora e compositora Fernanda Abreu lançava o álbum Da Lata, trabalho que conquistou grande sucesso de público e que se tornou um dos sucessos do verão que se seguiu. Neste álbum, cheio de balanços do funk, rap, hip-hop, Fernandinha Abreu lançou músicas de sucessos como "Veneno da Lata" (com Will Mowat), "Garota Sangue Bom" (com F. Fawcett) e "Brasil É o País do Suíngue" (com F. Fawcett/ Laufer/ Hermano Vianna).
Seu terceiro álbum solo recebeu este nome por conta da expressão “da lata”, que surgiu a partir de 1987, quando tripulantes de um navio estrangeiro despejaram no litoral do Rio de Janeiro 22 toneladas de maconha dentro de latas, temendo uma ação da polícia. As latas, hermeticamente fechadas, foram coletadas por pessoas nas praias da costa brasileira, e, de acordo com os testemunhos, a maconha era de excelente qualidade. O fato deu origem à gíria carioca “da lata”, ou seja, algo que é bom. Ao mesmo tempo, a lata é um material barato, que serve de contraponto para Fernanda diante da pobreza do Brasil.
Fernanda Abreu nasceu no dia 8 de setembro de 1961, no Rio de Janeiro. Ela ficou conhecida nacionalmente e, principalmente, pela canção Rio 40 Graus, uma composição sua em parceria com Fausto Fawcett e Laufer. A cantora iniciou a vida musical como vocal da banda Blitz, com Evandro Mesquita, nos anos 80. Depois, deu início à carreira solo, influenciada pelo sambalanço, disco, rap e funk.
PARA LER OUVINDO
Veneno da lata by Fernanda Abreu on Grooveshark
Música: Veneno da LataArtista: Fernanda AbreuAlbum: Da lata
Rio de Janeiro Cidade maravilhosa A lata No fundo da madrugada No silêncio na calada De repente foi chutada Na batida Começou e batucada Bate bate bate na lata É lata da bateria
Mil novecentos e noventa e cinco Sete e meia da manhã Tá na hora de descer pra trabalhar Tá na hora de descer pra ter O que ganhar
Mil novecentos e noventa e cinco Dez e vinte eu vou pra lá (tá marcado pra chegar) Ouviu dizer, ouviu falar Não sabe bem, deixa pra lá Dez e vinte eu vou chegar Pra ver o que há
Suingue-balanço-funk É o novo som na praça Batuque-samba-funk É veneno da lata (vamo bate lata)
Meio dia e quinze, eu nem acordei Já vou ter que almoçar (tá marcado pra chegar) Não escuto o que eles dizem Não escuto o que eles falam
Não falo igual não digo amém Tem que falar com o Jê Temque falar com o Zé É batumaré
Seis e meia tô parado Pôr-do-sol abotoado Na lagoa, no aterro Tô parado Voluntários, São Clemente Tô parado No rebouças, túnel, velho Tô parado pra ver
Swing-balanço-funk É o novo som na praça Batuque-samba-funk É veneno da lata (vamo batê lata)
Depois mais tarde, já de noite Tudo em cima, já no clima Vou correndo te encontrar (tá marcado pra chegar) Vou te buscar, vou te pegar Vou te apanhar pra te mostrar Pra ver o que há Pra ver o que há
É só subir sem se cansar Depois descer pra trabalhar Sete e meia, meio dia Seis e meia, dez e vinte Dez e vinte eu vou chegar pra te pegar Pra ver o que há Pra ver o que há
Suíngue-balanço-funk É o novo som na praça Batuque-samba-funk É veneno da lata (vamo batê lata)
Imagem:[Domínio público], via Wikimedia Commons>