Imperador Akihito abdica ao trono do Japão
30 de Abril de 2019
Akihito, imperador do Japão durante 30 anos, abdicou do trono no dia 30 de abril de 2019. Seu filho, o príncipe herdeiro Naruhito, assumiu o reinado. Foi a primeira substituição em vida de um monarca no país em 200 anos.
Há algum tempo Akihito já vinha manifestando a vontade de abdicar. Ele temia que a idade avançada pudesse dificultar o cumprimento de seus deveres. Então, aos 85 anos, ele finalmente passou as responsabilidades do império para seu filho.
Como atualmente o Japão não possuía nenhuma lei que contemplasse a abdicação do imperador, o parlamento teve que aprovar uma lei específica para que o imperador pudesse sair de cena. Na história do país, a última vez que algo assim aconteceu foi em 18174, quando o monarca Kokaku abdicou em favor de seu filho Ninko.
Akihito ascendeu ao trono do Crisântemo em 1989, aos 55 anos, após a morte de seu pai, Hirohito. Apesar de não possuir poderes diretos sobre a política japonesa, Akihito diferenciou-se de seu pai por demonstrar uma atitude pacífica e conciliadora em relação a antigos rivais do Japão, como a Rússia e a China.
Quando assumiu o trono, Akihito, ao lado de sua esposa Michiko, aproximou a família imperial do povo japonês, visitando as quarenta e sete províncias do país. Com a sua abdicação, Akihito passará a ser chamado de imperador emérito. Sob o novo imperador Naruhito começa uma nova era chamada "Reiwa" "bela harmonia").
Imagem: Departamento de Estado dos Estados Unidos, via Wikimedia Commons