Primeira "lista negra" anticomunista de Hollywood é instituída
24 de Novembro de 1947
Durante a Guerra Fria, a chamada lista negra de Hollywood foi uma relação de roteiristas, atores, diretores, músicos e outros profissionais da indústria do entretenimento que teriam vínculos com o Partido Comunista dos Estados Unidos. Quem tivesse seu nome listado era demitido ou boicotado. A primeira dessas listas foi aprovada pela câmara dos deputados daquele país em 24 de novembro de 1947. Ela incluía dez roteiristas e diretores citados por desacato ao Congresso por se recusarem a prestar depoimento ao Comitê de Atividades Antiamericanas. O grupo ficou conhecido como "Hollywood Ten" ("Os Dez de Hollywood")
No dia seguinte à aprovação na Câmara, a Associação de Produtores Cinematográficos divulgou um comunicado à imprensa. A declaração anunciava que os dez seriam demitidos ou suspensos sem remuneração até que fossem liberados das acusações de desacato e jurassem que não eram comunistas. Assim, a primeira lista negra de Hollywood entrava em vigor.
Nos anos seguintes, a lista foi ampliada. Em junho de 1950, um panfleto intitulado "Canais Vermelhos" acusava 151 profissionais da indústria do entretenimento de serem "fascistas vermelhos". Pouco depois, estas pessoas também foram afastadas da indústria do entretenimento.
A lista negra continuou oficialmente até 1960, quando Dalton Trumbo, um suposto comunista que estava entre os Dez de Hollywood, foi creditado como roteirista do filme "Exodus", além de ter sido reconhecido publicamente pelo ator Kirk Douglas como um dos roteiristas de "Spartacus". Entretanto, várias pessoas listadas ainda sofreram boicotes durante por muitos anos.
Imagem: Membros dos Dez de Hollywood, Domínio Público, via Brandeis University