Concluída a construção da ferrovia Transiberiana
No dia 21 de julho de 1904 era concluída a ferrovia Transiberiana ou simplesmente Transiberiana, uma rede ferroviária que conecta a Rússia Europeia com as províncias do Extremo Oriente Russo, Mongólia, China e o Mar do Japão. Com 9.289 quilômetros, que atravessam oito fusos horários, além da necessidade de vários dias para completar a viagem, é a terceira mais longa linha de trem do do mundo.
Sua construção foi encomendada pelo Czar Alexandre II, assassinado em 1881. Seu filho Alexandre III aprovou oficialmente o projeto em 1886. As obras finalmente começaram em 1891.
Condições climáticas adversas tornaram difícil a execução da obra. Quase toda a extensão da ferrovia foi construída através de áreas pouco povoadas na taiga (região tipicamente gelada). A enorme taiga russa oferecia desafios aos operários, como os grandes rios que atravessam a Sibéria, além de muitos lagos e localidades cobertas de gelo permanente. As maiores dificuldades estavam na região de Baikal, onde era necessário explodir montanhas para a construção de túneis ferroviários, bem como construir pontes para atravessar desfiladeiros.
Não foi só o terreno inóspito que causou dificuldades nas obras da Ferrovia Transiberiana. O custo da construção era enorme e o suprimento de mão de obra problemático. Entre os milhares de trabalhadores que participaram da empreitada, muios eram prisioneiros e soldados exilados.
Apesar desses desafios, o ritmo rápido da construção surpreendeu o mundo. As obras foram concluídas em apenas 12 anos. Após a Guerra Russo-Japonesa de 1904–05, no entanto, a Rússia temeu a possível tomada da Manchúria pelo Japão e começou a construir uma rota alternativa mais longa e mais difícil até Vladivostok. Essa linha foi concluída em 1916.
Hoje em dia, a ferrovia conta com quatro rotas: a Linha Transiberiana, a Linha Transmanchuriana, a Linha Transmongoliana e a Linha Baikal-Amur. Até hoje a ferrovia está sendo expandida, com trilhos de conexão entrando na Mongólia, China e Coreia do Norte.
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