Mansão Matarazzo termina de ser demolida

20 de Maio de 2011

Mansão Matarazzo termina de ser demolida
20 de Maio de 2011, Mansão Matarazzo termina de ser demolida

Em 20 de maio de 2011 chegava definitivamente ao fim a história de uma das construções que mais marcaram época em São Paulo. A Mansão Matarazzo, símbolo de uma das dinastias mais prósperas do país, terminou de ser demolida nessa data, levando consigo boa parte da história da cidade.

A mansão passou por diversas fases durante sua existência. A primeira delas começou em 1896, quando a residência foi construída na Avenida Paulista. A casa foi projetada pelos arquitetos italianos Giulio Saltini e Luigi Mancini. Nessa época, o local serviu de moradia para o patriarca do clã, o conde Francesco Matarazzo. O empresário foi o fundador do maior complexo industrial da América Latina, as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.

No início da década de 1940, a mansão passou por uma completa reformulação. Francisco Matarazzo Júnior, que sucedeu o pai no comando da empresa, encomendou ao arquiteto Marcello Piacentini um novo projeto para a residência. Após sua reconstrução, a mansão foi palco de uma das mais lendárias festas da elite brasileira, o casamento de Filomena Matarazzo com o industrial carioca João Lage. A celebração ficou conhecida como a “milésima segunda noite da Avenida Paulista” e durou três dias.

A mansão entrou em decadência após a morte do conde Chiquinho Matarazzo, em 1977. A condessa Mariângela, viúva do conde, e sua filha, Maria Pia Matarazzo, moraram no local até 1989. Depois disso, a casa ficou abandonada. Em seguida, a família e a prefeitura de São Paulo entraram em conflito a respeito do projeto de tombamento da mansão.

A construção histórica foi tombada em 1990 e no local planejava-se construir o Museu do Trabalhador. Mas poucos anos depois, o tombamento acabou sendo suspenso. A família resolveu então transformar o antigo jardim da mansão em estacionamento. Em 1996, boa parte da residência acabou desabando por falta de manutenção. Em 20 de maio de 2011, finalmente foram demolidos o pórtico de entrada e alguns bancos, tudo que ainda restava da mansão. No local hoje funciona um complexo que inclui um edifício e um shopping center.

Imagem: USP/Reprodução