Taça Jules Rimet, da Copa do Mundo de Futebol, é roubada no Rio de Janeiro
O dia 19 de dezembro de 1983 representou um triste drama para a história do futebol brasileiro e mundial. Naquela noite, homens encapuzados invadiram o escritório da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio de Janeiro, amarraram um vigia noturno e fugiram com a Taça Jules Rimet. Após a conquista do terceiro título mundial de futebol, em 1970, a seleção brasileira havia adquirido o direito de possuir permanentemente o troféu verdadeiro, como fora estipulado por Jules Rimet, em 1930. A taça veio ao Brasil e foi colocada em uma caixa de vidro a prova de balas.
Além da taça, os ladrões levaram os troféus Jarrito de Ouro, lembrança da conquista do torneio de futebol do Pan-Americano de 1976, a Taça Independência, conquistada em 1972 no sesquicentenário da Independência do Brasil; e a Taça Equitativa, que lembrava o vice-campeonato na Copa do Mundo de 1950.
Assim que a notícia do roubo da taça se tornou pública, Pelé apelou para que ela fosse devolvida, mas a polícia anunciou que o objeto havia sido derretido na periferia do Rio de Janeiro. A taça nunca foi encontrada e, pouco tempo após o crime, todos os suspeitos já haviam sido liberados.
O troféu foi rapidamente substituído. Em 1984, a Eastman Kodak Co., de Rochester, Nova York, recebeu autorização da Fifa para recriar o troféu. A nova Taça Jules Rimet foi feita com 1,8 quilo de ouro puro e novamente montada em lápis azul. Oito placas de ouro foram gravados com os vencedores de 1930-1970. O novo troféu foi entregue ao presidente brasileiro João Baptista Figueiredo, em 1984.
Imagem: via Wikimedia Commons