Collor congela cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzados novos

16 de Março de 1990

Collor congela cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzados novos
16 de Março de 1990, Collor congela cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzados novos

Um dia após assumir a presidência da república do Brasil, Fernando Collor de Mello anunciou, no dia 16 de março de 1990, o Plano Brasil Novo, que ficou mais conhecido como Plano Collor. O pacote econômico tinha como objetivo principal o controle da inflação. Uma das determinações deste plano teve grande impacto na população: o "confisco" por 18 meses de todas as cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzados novos, unidade monetária da época. No período em que o dinheiro ficasse parado, haveria uma rentabilidade equivalente a taxa de inflação mais 6% ao ano. Além dessa medida, o Plano Collor também determinou a substituição do Cruzado Novo pelo Cruzeiro à razão de NCz$ 1,00 = Cr$ 1,00. Também foram congelados preços e salários, houve aumento de preços dos serviços públicos (gás, energia elétrica, serviços postais) e a liberação do câmbio e várias medidas para promover uma gradual abertura na economia brasileira. A ideia era controlar o fluxo de dinheiro e assim conseguir estabilizar a inflação no Brasil, mas o plano acabou fracassando pois o governo abriu várias brechas que contribuíram para o aumento da circulação do dinheiro, além da incapacidade de reduzir os gastos públicos.

Foto: Ubirajara Dettimar/Abr (Agência Brasil/Palácio do Planalto view source) [CC BY 3.0 br], via Wikimedia Commons