Morre Alberto Nepomuceno, compositor clássico brasileiro
16 de Outubro de 1920
Compositor, pianista e regente brasileiro, Alberto Nepomuceno morreu no dia 16 de outubro de 1920, no Rio de Janeiro. Nascido no dia 6 de julho de 1864, em Recife, ele é considerado o "pai" do nacionalismo na música erudita brasileira. Além de suas atividades musicais, também se interessou pela política e pelos movimentos sociais, como as causas republicana e abolicionista no Nordeste. Em 1885, Nepomuceno passou a viver no Rio de Janeiro e se aproximou de alguns dos mais importantes autores da época, com os quais escreveu músicas como Ártemis (1898), com texto de Coelho Neto; Coração triste (1899), com Machado de Assis; Numa concha (1913), com Olavo Bilac. A partir de 1888 passou um bom tempo na Europa para aprimorar seus estudos. Em 1893, se casou com a pianista norueguesa Walborg Bang. Em 1910, financiado pelo governo brasileiro, realizou diversos concertos com músicas de compositores nacionais em Bruxelas, Genebra e Paris. Mais tarde, de volta ao Brasil, iniciou a luta pela nacionalização da música erudita e também pela valorização de compositores brasileiros, como Heitor Villa-Lobos, então jovem e controvertido compositor. Em 1907, iniciou a reforma do Hino Nacional Brasileiro, tanto na forma de execução quanto na letra de Osório Duque Estrada. Alberto Nepomuceno também esteve à frente do Instituto Nacional de Música. Aos 56 anos, já separado de Walborg e com dificuldades financeiras, ele morreu doente e enfraquecido.
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