Martinho Lutero se casa com Catarina de Bora
13 de Junho de 1525
No dia 13 de junho de 1525, Martinho Lutero se casou com Catarina de Bora, uma ex-freira católica que havia fugido de um convento. Dois anos antes, ela e outras 11 colegas haviam escapado do local. Três delas voltaram para seus lares e as outras foram levadas para se juntarem aos protestantes na cidade de Wittenberg. Lá, o próprio Lutero esperava para ajudá-las a encontrar moradia, maridos e empregos.
Com o passar do tempo, todas já haviam se casado, menos uma: Catarina de Bora. Ela havia se apaixonado por um jovem, mas os pais dele se recusaram a deixar que o casamento acontecesse por causa de seu passado como ex-freira. Ela ficou desolada. Lutero propôs que ela se casasse com outra pessoa, mas ela recusou o homem sugerido.
Quando um amigo de Lutero veio para uma visita, Catarina sinalizou para ele que Lutero seria o tipo de marido que ela aceitaria – apesar da diferença de idade entre ambos, que era de quase dezesseis anos e apesar de Lutero dizer que não se casaria. Quando Lutero escutou as palavras de Catarina, não as encarou com seriedade, mas contou aos pais dele num dia em que foi visitá-los. Ao invés de rir, o pai de Lutero começou a pensar sobre o fato. Lutero já não era tão jovem, e seu pai ainda tinha esperanças de realizar o sonho de ser avô. Aquilo tudo que começou como uma piada, foi ficando cada vez mais sério para Lutero. Casando-se com Catarina, Lutero lhe daria o status de que precisava, daria testemunho da fé contra a vontade do papa, e daria alegria e conforto ao seu velho pai.
O casamento de Catarina de Bora com Martinho Lutero foi extremamente importante para o desenvolvimento da Igreja Protestante. O ato marcou o rompimento definitivo com os ritos e dogmas do catolicismo. Após o matrimônio, Catarina passou a administrar o Mosteiro Negro, a antiga instituição de freis católicos onde Lutero vivia. O casal teve seis filhos.
Imagem: Lucas Cranach the Elder (1472–1553), via Wikimedia Commons