Ônibus 174 é sequestrado no Rio de Janeiro
12 de Junho de 2000
Em um dia como este, no ano de 2000, um terrível sequestro do ônibus 174 marcou a cidade do Rio de Janeiro. Às 14h20min, o ônibus da linha 174 (Central?Gávea) foi sequestrado no bairro do Jardim Botânico, durante quase cinco horas, por Sandro Barbosa do Nascimento, que entrou no veículo armado com um revólver .38. Sobrevivente da Chacina da Candelária, ele fez os passageiros de reféns em um crime que foi transmitido ao vivo para todo o país. Depois que alguns reféns conseguiram escapar e outros foram libertados assim que a polícia chegou, Sandro manteve 10 mulheres como reféns na fase final do sequestro. Uma delas, Janaína Neves, a mando de Sandro, escreveu com batom no vidro do ônibus frases como "Ele vai matar geral às seis horas" e "ele tem pacto com o diabo". Seguiram-se momentos de tensão entre as reféns e, às 18h50min, Sandro decidiu sair do ônibus, usando a professora Geísa Firmo Gonçalves como escudo. Um policial do BOPE tentou acertar Sandro com uma submetralhadora, mas errou o tiro e atingiu a refém de raspão no queixo. Após isso, Geísa levou três tiros nas costas, disparados por Sandro, e não resistiu aos ferimentos. Após isso, Sandro foi imobilizado e colocado na viatura com outros policias e morreu por asfixia ali dentro. Os responsáveis por sua morte foram levados a julgamento por assassinato, mas acabaram inocentados. Em novembro de 2001, a linha 174 mudou para 158. Geísa Firmo Gonçalves foi enterrada em Fortaleza. O trágico incidente foi retratado no documentário Ônibus 174, do diretor José Padilha, em 2002. Em 2008, o diretor Bruno Barreto realizou uma ficção inspirada no caso, em "Última Parada 174".
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