Morre o Barão do Rio Branco, diplomata e empresário brasileiro
No dia 10 de fevereiro de 1912 morria, no Rio de Janeiro, o Barão do Rio Branco, professor, político, jornalista, diplomata, historiador e biógrafo. Sua morte aconteceu aos 66 anos por conta de problemas renais. Nascido no dia 20 de abril de 1845, no Rio de Janeiro, José Maria da Silva Paranhos Junior era filho do Visconde do Rio Branco, responsável pela lei abolicionista do ventre livre, em 1871. José Maria estudou no Colégio Pedro II e formou-se em Direito em Recife, em 1866, quando também começou a trabalhar com jornalismo. Após se formar, retornou ao Rio de Janeiro, onde foi promotor público em Nova Friburgo. Depois, foi deputado federal por Mato Grosso e, anos depois, acompanhou o pai nas missões diplomáticas da Guerra do Paraguai. Seu retorno ao jornalismo aconteceu em 1873, como redator e depois diretor do jornal ?A Nação?. Em 1871, escreveu para o Jornal do Brasil, onde colaborou desde a sua primeira edição com a coluna Efemérides. Também lançou os livros ?História da Guerra do Paraguai? e ?História Militar do Brasil?. Recebeu o título de barão do Rio Branco às vésperas do fim do período imperial, mas continuou a usar o título "Rio Branco" em sua assinatura mesmo após a proclamação da república, em 1889. O barão teve um papel decisivo para a definição das fronteiras do Brasil. Nos EUA, tratou de uma questão com a Argentina, no Sul do país, e também obteve sentença favorável na disputa pelo Amapá. Quando estava na pasta das Relações Externas, enfrentou a discussão com a Bolívia sobre o Acre, território que passou a ser brasileiro. Foi eleito Presidente Perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras.